A BALANÇA DE DOIS
BRAÇOS
“Não multipliqueis palavras de altivez, nem
saiam coisas arrogantes da vossa boca; porque
o Senhor é o Deus de conhecimento, e por ele são as obras pesadas na balança”. 10 Samuel 2:3
A BALANÇA DE DOIS BRAÇOS
Tem forma simples: Apenas uma haste central firmada
sobre uma base, e um travessão, colocado de maneira a formar uma cruz com a
haste. Portanto, dois braços equilibrados por uma haste que se chama Fiel. Na
extremidade de cada braço firmados sobre o “FIEL” que se encontra firmado sobre
a “BASE” é depositado aquilo que se pesará.
A Balança divina citada pelo profeta Samuel, posto que invisível, ela
existe e, a todos os homens, pesará as suas obras, contra balanceando-as com o
sentimento com que eles as fizeram.
Em vários textos, a Palavra de Deus faz
distinção entre obras e obras a partir dos sentimentos; como em: (Lucas
21:1-4). A oferta da viúva pobre em contraste com o sobejo dos ricos. Nesta
parábola, não é o valor da oferta que está em questão, mas o sentimento do ofertante.
Outro exemplo é o texto de (Mateus 23:23) sobre o dizimar das mínimas
coisas, em que, o amor questiona o sentimento do dizimista.
Também
em (Mateus 15:8), sobre “honrar a Deus”, onde se questiona, não o estilo
litúrgico do culto, mas o sentimento de quem cultua (desde que neste estilo
haja qualidade).
Observe também o exemplo da “fé e das
obras” apresentado por Tiago no cap.2 v17. É evidente que as obras das quais
ele fala não se refere a milagres.
Em 10
Coríntios 3:12, Paulo classifica as obras em seis categorias, são elas: Ouro,
Prata, Pedra preciosa, Madeira, Palha e Feno. Quanto mais original for o
sentimento, mais próximo de se tornar uma jóia e, quanto mais puro o sentimento
mais valiosa será a jóia, pois subsistirá ao fogo da purificação.
Aos Filipenses 2:3, ele diz: “Nada
façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade”.
Aos Romanos 11:36, o mesmo insiste que:
“Dele (Jesus), por Ele, e pra Ele são todas as coisa”; ou de modo mais simples,
tudo pertence a Jesus e, o que quer que façamos (no reino em nome dele) deve
ser por Ele e para Ele.
Seguindo esse raciocínio, e considerando que a fé
somente poderá ser vista por meio das obras – significando que, todo aquele que
diz que tem fé está por si mesmo compelido a fazer alguma obra - essa mesma
obra será validada ou reprovada, mediante a qualidade do sentimento com que ou
por quê se fez a obra.
Nesta Balança, em cuja haste
central chamada “FIEL” que se encontra firmada sobre uma BASE, os braços justamente
distribuídos recebem aquilo que será aferido, neste caso, as obras e os
sentimentos. Se tomarmos a figura da balança por alegoria, então Jesus Cristo
será o FIEL sobre cujos braços ou mãos é tomado toda obra feita na terra. Ele,
o FIEL, por si mesmo não julga coisa alguma, mas a Palavra sobre a qual Ele
está firmado (João 12: 47, 48) será a base para julgamento. (Paulo – o apóstolo
que por Jesus Cristo foi constituído mestre dos gentios – ousou afirmar aos
Romanos 2: 16, “... no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens,
segundo o meu evangelho”).
Para se sobreviver a esta balança, melhor
do que fazer coisa nenhuma será fazer alguma coisa; saiba-se, porém que será
impossível alguém receber seu pagamento sem primeiro passar pela aferição dos
sentimentos para avaliar em qual das cinco categorias se encaixam suas obras;
entretanto, se querem ouvir a sugestão de alguém que pouco produz, o melhor
jeito para se correr o menor risco, é praticando o maior número de justiça possível,
e ser sincero em cada obra feita .
Concluo com 10 Coríntios 4:5 – “Portanto,
nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz
todas as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e,
então, cada um receberá de Deus o “louvor”.
" Pastor José Barbosa" Pastor da OBPC P.G - PR.