"A Bíblia na China atingiu uma tiragem de 50 milhões de exemplares, informa hoje a imprensa estatal chinesa, referindo a promessa do governo chinês de manter o apoio à produção e publicação do livro no país."
- Fonte: Diário Digital - A Fundação da Amizade, a única autorizada a publicar a Bíblia na China, tem 74 gabinetes de vendas espalhados pelo país para garantir a sua distribuição, com uma impressão ao ritmo de três milhões de cópias por ano, refere o jornal oficial chinês China Daily.
«A China é um dos países onde se publica maior número de bíblias no mundo», disse ao China Daily Ye Xiaowen, o responsável da Administração Estatal para os Assuntos Religiosos, que controla as hierarquias das cinco igrejas oficiais, as únicas permitidas pelo governo chinês - budismo, taoísmo, islã, catolicismo e protestantismo.
"«O país respeita e protege a liberdade religiosa», acrescentou Ye, numa cerimônia que marcou a publicação dos 50 milhões de Bíblias, 43 milhões das quais se destinaram ao mercado chinês, além de cópias em Braille e em oito línguas de minorias étnicas do país."
Os restantes sete milhões de cópias foram exportados para mais de 60 países e regiões, sobretudo através de uma parceria com a United Bible Societies (UBS) criada em 1988.
- Com base em estatísticas oficiais, em 1997 existiam 16 milhões de cristãos que seguem a igreja oficial, um número em constante crescimento e que não inclui os fiéis das igrejas cristãs na clandestinidade, que são perseguidos e presos pelo estado por celebrarem cultos em casas particulares e por se recusarem a aceitar a liderança religiosa de Pequim.
"A China tem também 18 escolas de teologia com cerca de 1800 estudantes."
Durante a cerimônia, Ye assegurou que os grupos religiosos chineses vão fornecer ajuda e serviço comunitário, incluindo a doação da Bíblia a atletas e turistas estrangeiros durante os Jogos Olímpicos de Pequim.

Em Novembro, a organização dos Jogos Olímpicos foi obrigada a desmentir que as bíblias e outros objetos religiosos para uso pessoal não seriam bem-vindos no evento.
Num comunicado publicado no site oficial, a organização recomenda que «cada viajante não traga mais que uma Bíblia para a China».
Não são apenas os chineses cristãos que lêem a bíblia. A par da mitologia grega, na China o livro é considerado uma janela para o mundo espiritual do ocidente, para a fé e códigos de conduta da sociedade ocidental, segundo o China Daily.
A primeira tradução da Bíblia para chinês data do século XVII, quando o budismo era a principal religião na China.
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