“Não há nada de confortável na Bíblia - até que nós conseguimos fazê-lo confortável para nós mesmos. Daí, então, talvez estejamos confortáveis demais com ela. Cuidado, para não pensar que você já conhece a Bíblia - só porque você não tem mais problemas com ela. Será que aprendemos a não realmente escutar a Bíblia? Será que chegamos ao ponto de não mais questionar a Bíblia e não mais ser questionados por ela?
– “Opening the Bible” de Thomas Merton citado em "Um Guia Para Oração Para Todo o Povo de Deus", (“A Guide to Prayer for All God's People”), p. 83 Job, Rueben P. and Norman Shawchuck Nashville, Tenn: Upper Room Books, 1990.
- A Loteria Bíblica
O manuseio honesto do texto no contexto é a maior ajuda que alguém pode dar a si mesmo, no sentido de compreender a mensagem da Bíblia.
Confiar em acaso, sorte, destino ou qualquer "ajuda extra", no fim das contas só prejudica a compreensão da Palavra. Não adianta concorrer numa espécie de "loteria bíblica": a grande maioria sai perdendo.
- Imagine o que acontece com alguém que abre a Bíblia em qualquer lugar e lê:
"Então Judas, ... retirou-se e foi enforcar-se" (Mt 27.5).
O leitor desconfiado da mensagem abre em outro texto, buscando confirmação, e lê:
"Vai e procede tu de igual modo" (Lc 10.37).
Assustado, tenta mais uma vez, na esperança de ouvir uma ordem mais suave. Abre o livro uma terceira vez, cheio de expectativa e lê:
"O que pretendes fazer, faze-o depressa" (Jo 13.27)!
Os exemplos extremos dados acima não são uma descrição exagerada dos perigos de não estudar o contexto de um texto bíblico. Toda vez que tratamos a Bíblia como se fosse uma lista de oráculos desvinculados de qualquer relacionamento com o contexto, o resultado é algo perigoso.
- Bost, Bryan e Álvaro César Pestana Do Texto À Paráfrase – "Como Estudar a Bíblia", São Paulo: Editora Vida Cristã, 1992, pp. 31-32.
Um comentário:
Bastante interessante o seu comentário. Realmente nunca havia pensado neste assunto sob este prisma apresentado pelo sr. Parabéns, ótima mensagem. Paz.
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